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Suspeito de matar a avó tentou criar álibi ao ir para restaurante, diz polícia

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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
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(Foto: Divulgação)
A Polícia Civil diz que Weikman Agnaldo Mattos, de 21 anos, suspeito de assassinar a avó de 59 anos, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande, tentou criar um álibi logo após o crime.Em seu perfil no Facebook, o jovem fez uma postagem dizendo que estava em um restaurante de comida japonesa.“Ele tentou despistar a investigação policial, criando um álibi. No entanto, começou a ser confrontado com as provas encontradas pela polícia e nada sustentava a sua versão. A perícia encontrou sangue em diversos locais da casa e ele acabou confessando o crime”, afirmou ao G1 o delegado Gustavo Ferraris, responsável pelas investigações.Ainda conforme o delegado, o inquérito chegou, há pouco, na Delegacia Especializada de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos (Defurv).“Estamos começando a montar a nossa linha de investigação, ainda verificando tudo o que foi apreendido, encaminhamento de laudos e pessoas a serem interrogadas”, explicou o delegado.Durante depoimento, o delegado diz que o jovem contou “com riqueza de detalhes” como cometeu o crime. Em um primeiro momento, ele teria dito que queria o carro. Depois, informou que a intenção era juntar dinheiro para pagar uma dívida.“A investigação ainda vai apontar se ele contou com a ajuda de alguém para ocultar o cadáver. O suspeito foi autuado em flagrante por latrocínio e também a ocultação. Ele já está no Presídio de Trânsito – Petran”, comentou Ferraris. O jovem tinha um antecedente por desacato. Para o roubo seguido de morte e a ocultação de cadáver, a pena pode chegar a mais de 30 anos de reclusão.SimulaçãoA família de Madalena Mariano de Mattos Silva diz estar chocada com o crime. Eles disseram que a intenção do suspeito, logo após a morte, foi simular um latrocínio. Ele morava com avó desde os 07 anos de idade e, de acordo com testemunhas, começou a apresentar um comportamento estranho depois que ela comprou o carro.As irmãs da vítima lamentaram a morte. Não tem explicação. Ela era querida, honesta, muito trabalhadeira, vendia roupa, era esforçada. Uma mulher que todo mundo gosta. Aqui no Itamaracá [bairro] está todo mundo chocado, ainda mais sabendo que foi o próprio neto que matou, desabafou a dona de casa Erotildes Mariano de Mattos.A vítima estava desaparecida desde a última sexta-feira (13), quando uma sobrinha estranhou e foi à delegacia registrar boletim de ocorrência. Os próprios familiares informaram para o pessoal da investigação que esse neto estava apresentando algumas divergências em relação ao desaperecimento da avó dele. A suspeita recaiu exatamente sobre o neto que morava com a vítima, informou o delegado Giulliano Biacio, que atendeu a ocorrência.A família desconfia também que outras pessoas possam estar envolvidas no crime. Ele chegou até postar no face que o carro era dele, que ele tinha comprado o carro, disse uma das irmãs, ressaltando que ele deu facadas no corpo da vítima antes de abandonar em uma estrada. Entenda o casoWeikman foi localizado no sábado à tarde (14), no mesmo bairro onde morava com a avó. Ele foi preso em flagrante e confessou interesse nos bens dela para pagar uma dívida de R$ 3.700,00 (três mil e setecentos reais).Aos policiais, o rapaz relatou que planejava o crime durante a madrugada de sexta-feira (13) enquanto a a avó dormia no quarto.Quando ela levantou às 3h30min, ele a sufocou com uma gravata e a mulher desmaiou. Momentos depois ela acordou e, insatisfeito, o neto pegou a cabeça da vítima e bateu duas vezes contra o chão.Na casa onde vivia com a vítima, o jovem lavou o corpo no banheiro e o enrolou com capa de sofá e edredom. Na sequência, recolheu roupas com sangue que estavam espalhadas e colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava estacionado na garagem e que pertencia a avó.