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Era para dar um susto, mas foi fatal, diz mulher que matou marido com facada

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(Foto: Divulgação)
Polícia Militar e perícia na rua da casa onde ocorreu o crime “Era para dar um susto, mas infelizmente foi fatal”. A fala é da manicure de 28 anos que matou o marido, Natan Silva, de 33, com uma facada na noite de sábado (21), no Bairro Parque Novo Século, em Campo Grande. Ela ainda tenta entender os motivos que levaram à briga e o fim trágico naquela noite.À reportagem do Campo Grande News, a jovem contou brevemente sobre o relacionamento do casal e os momentos que antecederam a morte de Natan. A manicure diz que as brigas eram constantes quando eles ingeriam bebidas alcoólicas, mas nunca houve agressão física. “Foi a primeira vez. A gente bebia, brigava, mas nunca chegou ao ponto de agressão. A última vez, ele deu um soco na parede, não bateu em mim”, diz.Por conta das brigas constantes, o casal decidiu parar de beber. “Ficamos três meses, quase quatro, sem beber”, lembra. Naquele dia, a mulher chamou Natan para ir em um aniversário. “Falei: amor, vamos levar as crianças no aniversário? Mas ele disse que não, que iria abrir a oficina e aproveitaria para arrumar o nosso carro. Falou para eu ir de Uber e que de noite me buscaria com o carro arrumado”.Ela foi ao aniversário com os três filhos - dois maiores enteados de Natan e o mais novo, de 4 meses, filho do casal. “Quando deu 18h ele mandou mensagem perguntando se eu não tinha chegado em casa ainda. Falou que tinha terminado o carro, então perguntei se iria buscar a gente ou iríamos voltar de Uber”.A mulher, então, retornou para casa em carro de aplicativo. “Deixei meus dois mais velhos com a tia e fui com o bebê embora para casa. Cheguei e ele não estava. Então, mandei mensagem, liguei e quando deu 22h ele chegou agressivo, me xingando. Achou que eu tinha chegado aquele horário em casa, falou que eu estava brincando com a cara dele e a gente começou a discutir”, lembra.Foi o momento em que ocorreu a primeira agressão, segundo a manicure. “Do nada, um tapa. Avancei nele e começou a me arrastar pela casa, puxando meu cabelo”. O bebê começou a chorar. “Pegou o neném e mesmo com ele no colo continuava me batendo”.A mulher conta que neste ínterim viu o marido pegando uma faca na cozinha, mas não viu o momento em que ele jogou o objeto na varanda. “Quando vi pegando a faca, eu também peguei uma. A gente foi para a rua. Ele batia em mim e os vizinhos pediam para parar”, diz.Mesmo com a faca na mão, a mulher diz que continuou a ser agredida por Natan. “Não era minha intenção matar ele. Depois de muito custo, ele me entregou o neném. Veio para o meu lado, era para pegar no braço, mas ele abaixou como se fosse falar alguma coisa para mim e acabou acertando o pescoço”, afirma. Natan chegou a ser socorrido por um vizinho e levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas, mas não resistiu e morreu.Com a voz embargada, a mulher contou que não tinha intenção de matar o companheiro. “Amava muito ele. A gente era parceiro, ele era muito bom para mim, para os meus filhos. Eu agi em legítima defesa, ele estava alterado, eu vi no olho dele, senti que ele iria me matar”, lamenta.