28/10/2014 11:44:00
O governador eleito de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), tem vários desafios nos próximos anos, entre eles a economia. A questão da carga tributária, a logística e infraestrutura são alguns deles. Reportagem do Bom Dia MS desta terça-feira (28) mostrou que agronegócio, indústria e comércio têm demandas específicas que vão exigir uma análise profunda do novo governo.
O agronegócio representa um dos setores mais fortes do estado. Ele gerou R$ 5,6 bilhões em 2010, ano do último levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) no estado. Mas para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Famasul), Eduardo Riedel, o setor pode crescer mais se os investimentos na infraestrutura aumentarem. Esse foi um dos principais pedidos dos produtores durante o período de campanha ao governo.
“O estado precisa melhorar e induzir a reforma de pastagens, a melhoria dos índices produtivos. Nós devemos investir em um programa de irrigação, importante para o estado, manter a política de incentivo fiscal para atração de empresas, importante também para o desenvolvimento de emprego e de outros negócios dentro do estado. Então nós temos uma série de ações propostas para criar esse ambiente e fazer com que a economia continue se desenvolvendo aqui no estado”, afirmou Riedel.
Se a expectativa é de mais crescimento no campo, no comércio, a expectativa para os próximos quatro anos é recuperação do setor.
Em um ano de dificuldades com juros altos e o aumento da inflação, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS) espera participar da criação de projetos junto ao novo governo para dar incentivo às micro e pequenas empresas.
“Primeiro o enquadramento nos valores que enquadram o Simples e as micro e pequenas empresas com os valores que precisam ser corrigidos pelo teto. Segundo item: o enquadramento das empresas do Simples e das microempresas no que se refere à substituição tributária e também quanto ao ICMS Garantido. Porque essas empresas são taxadas com esses impostos e depois não tem condições de se creditar em função do enquadramento que elas têm”, disse o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo.
Na indústria, os investimentos para escoar a produção do estado são uma das prioridades dentro da lista de propostas apresentadas ao novo governador. Facilitar a exportação também é uma das medidas que o setor espera para crescer mais e ganhar competitividade em relação a outros estados brasileiros. Entre 2009 e 2012, o crescimento foi de quase 50%. Em 16 cidades, o PIB industrial é maior que o gerado pela agropecuária.
“Porto seco hoje é um grande gargalo, ele tem que sair do discurso. Não é possível mais nós não termos um porto seco. Importarmos e exportarmos todos os nossos produtos via porto de Santos, Paranaguá ou Santa Catarina. Então precisamos avançar. Manter os incentivos fiscais, até porque incentivo fiscal precisa de avanço no Congresso Nacional, juntarmos toda a força política que temos hoje, os três senadores, os oito deputados federais, a própria Assembleia Legislativa e, em conjunto, buscarmos alinhar o desenvolvimento do nosso estado”, declarou o presidente da Federação das Indústrias do estado (Fiems), Sérgio Longen.
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