26/10/2018 09:51:00
A ação de busca e apreensão ordenada pela 8ª Zona Eleitoral em endereço supostamente usado para produção e transmissão de “fake news” contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e vinculado à campanha de Odilon de Oliveira (PDT) culminou no recolhimento de 12 equipamentos. Sete notebooks e cinco computadores foram apreendidos por oficial de Justiça, com suporte da Polícia Federal, e levado para o Fórum Eleitoral da Capital.
Conforme apurou o “Campo Grande News”, o oficial de Justiça chegou com equipe da PF ao endereço denunciado – um sobrado onde são alugadas salas comerciais na rua Dolor Ferreira de Andrade, no São Francisco – por volta das 11h40, permanecendo no local até as 12h30. Durante a ação, não foi encontrada “literatura de cunho eleitoral”, como adesivos, panfletos ou outros impressos.
No entanto, foram levados sete notebooks e cinco CPUs. Os equipamentos não passaram por averiguação de arquivos, o que caberá à 8ª Zona Eleitoral. O oficial responsável pelo cumprimento do mandato apontou que, no local, funcionava empresa contratada pela campanha de Odilon “para trabalhar as mídias sociais da campanha” – o nome da empresa, porém, não consta nos autos.
O mandado de constatação e de busca e apreensão foi expedido pelo juiz eleitoral Paulo Alberto de Oliveira, da 8ª Zona Eleitoral, na quarta-feira (25). Ele atendeu a pedido da coligação Avançar com Responsabilidade, capitaneada por Reinaldo, que pediu a verificação sobre a instalação de uma nova “central de fake news” organizada pela campanha do pedetista para atingir o adversário tucano.
Conforme o mandado, o local foi aberto seis dias depois de uma primeira denúncia apontar que em outro endereço, na rua 14 de Julho, eram produzidos materiais difamatórios contra Reinaldo. O local era relacionado ao publicitário Paulo Cabral, que atua na campanha de Odilon e negou a prática de produção de “fake news”.
Conforme a chapa de Reinaldo, o grupo responsável pela elaboração dos materiais foi realocado na Dolor de Andrade, onde repetiriam as mesmas práticas –“elaboração de material falso, repasse a terceiros para compartilhamento, deletando o conteúdo após a divulgação, visando ocultação de provas”. Foi novamente solicitada a apreensão de materiais impressos e computadores a fim de comprovar os fatos, bem como realização de perícia em computadores que vierem a ser apreendidos.
A reportagem contatou a assessoria da campanha de Odilon, que avalia um posicionamento sobre os fatos.
Com Campo Grande News
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