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Você vai perder uma filha, conta mãe de Luana sobre última conversa

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(Foto: Divulgação)
A última conversa que teve com a filha foi por telefone. Do outro lado da linha, aos prantos, Luana de Campos Grecco, 22 anos, dizia: “Mãe, você vai perder uma filha, mãe. Eu estou com muito medo de voltar para casa”, contou a dona de casa, Rosemeire Vaz de Campos, de 49 anos, durante o velório da filha, que ocorre no Memorial Park, em Campo Grande, onde o corpo deve ser sepultado entre 17h30min e 18h00min. O corpo acabou de chegar ao local. Amigos e familiares demonstraram total desespero.Ainda segundo Rosemeire Campos, a ligação ocorreu na quarta-feira (24) e a mãe orientou a jovem a não ir para a casa dela, onde morava com o lavador de carros Gelvio Nascimento Rosseto, de 26 anos. “Aconselhei que fosse para casa do dela, com quem morava antes de resolver morar com esse rapaz”, disse. A conversa foi tensa e ocorreu enquanto Luana voltava do trabalho.Rosemeire Campos também contou que o companheiro da filha tinha “problemas com entorpecente” e que desde os 15 anos ela tinha envolvimento com ele. “Ela se queixava pouco sobre brigas e agressões, mas tinha muito medo do rapaz”, contou, acrescentando que em um dado momento a menina chegou a ficar dois anos sem envolvimento com ele, mas depois reataram e começaram a morar juntos por aproximadamente um ano e meio. Aos olhos da mãe, Luana era muito trabalhadora. “Trabalha desde os 13 anos, o primeiro trabalho foi como faxineira. Sempre foi muito esforçada”, contou.O caso – A família desconfiou, pois após a ligação, ninguém mais viu Luana. Então, uma amiga próxima ajudou, foi à casa de Luana, no Bairro Santa Luzia, para saber o que tinha ocorrido, pois sabia de um “macete” para destrancar o portão e conseguiu entrar, encontrando o corpo da amiga.Segundo a Polícia Civil, Gelvio Rosseto é suspeito de ter espacado a companheira, ele tinha passagens pela polícia por pertubação de sossego, direção perigosa, usar droga para consumo, tráfico de drogas, desacato e violência doméstica.No dia 22 de maio deste ano, Luana acionou a Polícia Militar depois de ter sido agredida pelo rapaz. Ela relatou ainda que Gilvan havia vendido vários móveis de casa. Ela foi orientada pelos militares a procurar a Casa da Mulher Brasileira.