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PM que matou mulher alega legítima defesa e responderá em liberdade

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(Foto: Divulgação)
O policial militar da reserva, Valdecir Ferreira, de 55 anos, confessou em depoimento que matou a tiros Kátia Campos Valejo, de 35, mas alegou legitima defesa. A informação é do advogado de defesa José Roberto Rodrigues da Rosa. O PM não quis falar com a imprensa. Ele foi liberado após prestar depoimento, nesta manhã na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).Conforme o advogado, Valdecir contou que conheceu Kátia há cerca de três meses em uma conveniência, quando ficaram juntos pela primeira vez. De lá para cá, a mulher aparecia na casa do policial de vez em quando e os dois mantinham relação sexual, mas não tinham muito contato.Segundo o site Campo Grande News, na noite de domingo (16), a mulher foi novamente à residencia do policial, os dois tomaram cerveja e ficaram juntos. Valcecir relatou que tomava banho, quando Kátia apareceu nua no banheiro e com um revólver calibre 38, que pertencia ao policial, apontou a arma para o PM e disse que queria dinheiro.Ele, então, lutou com a mulher, segurou no tambor do revólver, tirou a arma da mão dela e fez os disparos. Meu cliente atirou na intenção de paralisá-la e não de matar, afirma o advogado de defesa.Depois de um tempo, como de costume uma das filhas do policial foi até a casa dele, mas encontrou o pai muito nervoso e não a deixou ficar no imóvel.A filha foi embora e em seguida Valcecir apareceu na casa dela, entregou a arma e foi para a chácara do irmão dele que fica no município de Rochedo. Desconfiada da situação, a mulher voltou à residência do pai e como tinha a chave entrou, foi quando encontrou o corpo da vítima caído no banheiro. Valdecir afirmou que nunca pagou para manter relação com Kátia.José Roberto relata que o cliente dele não acionou o socorro porque ficou muito nervoso com a situação e com vergonha das filhas. Segundo a delegada Fernanda Félix, responsável pelo caso, o policial foi ouvido e liberado porque passou o período de flagrante. Agora, a polícia ouvirá testemunhas e aguardará os laudos periciais para confrontar com o depoimento de Valdecir.No corpo da vítima foram encontradas quatro perfurações, sendo três no tórax e uma na cabeça, diz a autoridade policial. A arma, com duas munições deflagradas e quatro intactas, foi entregue a polícia por uma das filhas do PM.