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Mais de 800 bebês já foram infectados pelo coronavírus em MS

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(Foto: Divulgação)
O coronavírus continua avançando em Mato Grosso do Sul e já infectou 823 bebês desde o início da pandemia. O número de bebês infectados pode parecer baixo, mas o dado é significativo, já que geralmente eles têm pouco contato externo, ou seja, podem ter adoecido no ambiente intradomiciliar e é muito provável que a doença tenha vindo por um familiar.Mariana Croda é  infectologista e integrante do COE/MS (Centro de Operações de Emergências) e explica que esse número pode ser ainda maior. “As crianças têm nenhum ou poucos sintomas da doença e como o exame swab é desconfortável para este grupo, muitas vezes a realização do teste é evitada. Além disso, há poucos casos de internações e, com isso, menos diagnósticos dessa faixa etária”.De acordo com a informação da SES, nenhum óbito deste grupo foi registrado. “Os pequenos não representam um vetor de transmissão da doença, é importante que isso seja ressaltado, não são importantes na cadeia de transmissão e isso se deve a característica da doença, conforme já comprovado por estudos científicos”, salienta Mariana Croda. Porém, quando há casos de bebês positivados, independentemente dos resultados dos demais membros da família, todos os residentes da casa são isolados. “O foco é a prevenção em relação à população idosa, minimizar o contato dos idosos, porque eles representam o maior risco de morte”, acrescenta a especialista.No ano passado, o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) recebeu um recém-nascido com fortes suspeitas de Covid-19 e que obteve a cura da doença. Segundo relatos da mãe, o bebê teve contato domiciliar com parentes e amigos com sintomas gripais. A criança, em seguida, teve febre alta e obstrução nasal, o que a levou a procurar o hospital.A criança ficou internada no CTI por 14 dias, depois recebeu alta e foi encaminhada para a enfermaria. “Ela (a criança) respondeu muito bem ao protocolo médico dado as infecções e inflamações ocasionadas em decorrência da Covid-19, mas nos primeiros dias nos deixou bem preocupados”, relatou, na época, a médica pediatra e neonatologista do HRMS, Tatiana dos Santos Russi.